Vamos todos envelhecer, fato. Essa é uma característica sabida por todos e que a cada dia mais se tornou tema de reflexão e cuidado, especialmente no tocante à saúde, pois a população envelhece e com isso há o aumento de doenças crônico-degenerativas, entre elas, a temida osteoporose. Sim, é temida e muito, pois a doença óssea afeta diretamente na autonomia da pessoa portadora, ocasionando o enfraquecimento dos ossos, resultado de alterações tanto na qualidade como na quantidade do tecido ósseo.
Outro aspecto da doença que é curioso está no fato de muitos acreditarem que ela está relacionada apenas à terceira idade. Dra. Maria Cristina Walbach, reumatologista do Hospital das Nações, desmitifica e revela que esse é um pensamento equivocada. “Não se trata de uma doença que afeta apenas aos idosos. É importante saber que ela acontece mais nos idosos, mas pode ocorrer em outras situações”, afirma. Segundo a especialistas, o risco de osteoporose é maior nos seguintes casos:
– Em mulheres após a menopausa, pela perda súbita do estrogênio, que funciona como protetor dos ossos (ocorrendo mais nas de baixa estatura, com pouca massa muscular, pele clara e menopausa precoce).
– Em homens e mulheres com o processo normal do envelhecimento (os homens apresentam a massa óssea mais compacta e a redução dos hormônios sexuais ocorre mais lentamente).
– Em pessoas de qualquer idade portadores de doenças como o Diabetes, problemas de Tireoide, doenças reumatológicas como a Artrite Reumatoide, Cirrose, Insuficiência Renal Crônica, e outras.
Dados mais recentes apontam que a osteoporose é a doença óssea que mais tem afetado a população. São mais de 10 milhões de brasileiros que sofrem com os sintomas sem saber que se trata desse quadro. Em alguns casos, ela aparece em estágio avançado e só é descoberta após fraturas.
De acordo com especialistas, os ossos mais afetados são os da coluna vertebral, colo do fêmur, punho, úmero e costelas e podem ‘travar’ o indivíduo. Por isso, é preciso atuar na prevenção. Segundo Dra. Maria Cristina, praticar exercícios físicos e manter hábitos saudáveis ajudam.
“Tudo pode começar já na infância e adolescência, por meio de uma alimentação equilibrada e rica em cálcio, e prática de exercícios físicos regularmente para formar uma boa reserva óssea, que poderá trazer benefícios à medida que envelhecemos”, comenta a médica.