O câncer de mama é considerado o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele. No Brasil, a estimativa do INCA – Instituto Nacional de Câncer para este ano foi de 59.700 novos casos de câncer de mama. A maioria deles em mulheres, pois, apesar de ser raro (com cerca de 1% dos casos apenas), o câncer de mama ocorre em homens e é por isso que eles também devem ficar atentos.
Para diminuir os números de casos da doença e a mortalidade, especialmente entre mulheres, é preciso informação e prevenção. É importante, por exemplo, entender quais são os fatores de risco do câncer de mama. De acordo com o INCA, não há uma causa única para o surgimento do câncer de mama, mas sim, uma combinação de diversos fatores, entre eles: idade, fatores genéticos/hereditários, endócrinos, história reprodutiva, além de fatores comportamentais e ambientais. Destes fatores, um dos mais relevantes é a idade, já que impacta nas alterações que ocorrem no corpo da mulher, tais como as alterações hormonais.
Em relação aos demais fatores que podem aumentar o risco da doença, são destacados pelos especialistas do Instituto: o uso de álcool, obesidade e falta de exercícios físicos, reposição hormonal, uma dieta rica em gorduras animais, entre outros.
Vamos entender os fatores de risco, de acordo com dados do INCA:
Idade: De acordo com especialistas do INCA, as mulheres a partir dos 50 anos de idade têm maior risco de desenvolver câncer de mama por conta, especialmente, do acúmulo de exposições ao longo da vida e das alterações biológicas naturais com o envelhecimento.
Fatores endócrinos/história reprodutiva: estão relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for a exposição. Esses fatores incluem: idade da primeira menstruação menor que 12 anos, menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona) Fatores comportamentais/ambientais: ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade na pós-menopausa, exposição à radiação ionizante e tabagismo.
Fatores genéticos/hereditários: esse caráter hereditário da doença corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos, mesmo assim, é preciso ficar atento. Ele está relacionado à presença de mutações em determinados genes. Segundo informações do INCA, a mulheres que possuem vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um caso de câncer de ovário em parentes consanguíneos, especialmente em idade jovem, ou câncer de mama em homem também em parente consanguíneo, podem apresentar predisposição genética, sendo consideradas de maior risco para a doença.