Estima-se que 350 milhões de pessoas no mundo sofram de depressão. Enquanto normalmente o indivíduo que se sente triste encontra maneiras de lidar com aquela situação e em pouco tempo pode sentir-se bem novamente, na depressão o rebaixamento do humor é persistente.
Um estudo realizado pela Universidade de Vrije, em Amsterdã, encontrou vínculos genéticos importantes entre obesidade e a depressão e verificou que é crescente o número de pessoas deprimidas que também apresentam problemas metabólicos, como diabetes tipo 2 ou excesso de peso, e vice-versa.
O estudo concluiu que assim como a obesidade pode aumentar a probabilidade de depressão, as pessoas com sobrepeso também terão maior propensão à depressão.
A boa notícia é que há evidências que sugerem que, quando acompanhados de tratamento profissional adequado, mudanças de estilo de vida, como adotar-se uma dieta saudável e praticar exercícios físicos, ajudam a reduzir tanto a depressão como a obesidade.
Em ambos os casos, quanto mais cedo se busca auxílio profissional, mais precocemente poderão iniciar as intervenções. Há diversos tratamentos disponíveis para a depressão, dentre eles a psicoterapia e o tratamento medicamentoso. Assim como também há tratamentos clínicos e/ou cirúrgicos para se controlar a obesidade.
Atualmente as equipes médicas têm justamente se unido para tratar o paciente como um todo, formando assim equipes multiprofissionais de tratamento.
“Isso já é muito comum na cirurgia bariátrica, que o paciente precisa ser avaliado e acompanhado por profissionais de diversas áreas da saúde. Essa interdisciplinaridade demonstra que há cada vez mais uma preocupação com a saúde geral dos pacientes.” – conclui Paulo Nassif, cirurgião que coordena uma equipe multiprofissional de tratamento da obesidade.