Fraturas de fêmur. O que você precisa saber?

Fraturas de fêmur. O que você precisa saber?

O fêmur é o osso da coxa, o maior do nosso corpo, por isso, merece atenção quando o assunto é saúde, bem-estar e qualidade de vida. Afinal, uma fratura nessa região pode levar a situações incômodas e preocupantes.

Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia – INTO, além de atingir principalmente os idosos, as mulheres sofrem três vezes mais que os homens com esse tipo de fratura e 90% delas são causadas pela queda da própria altura, outra causa é por acidente automobilístico.

Entre os fatores de risco às fraturas do fêmur estão: idade avançada, raça branca, osteoporose, história familiar, fumo e uso de álcool, tornam os ossos mais finos e frágeis. De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, após 50 anos, o risco de fratura dobra a cada década. Após 65 anos de idade, encontra-se 90% dos casos.

De acordo com Dr. Matheus Teixeira, ortopedista e traumatologista do Hospital das Nações, as fraturas do fêmur têm dois perfis de incidência e devem ser avaliadas com cautela. “Em adultos jovens as fraturas de fêmur estão associadas a traumas de alta energia, como acidentes automobilísticos por exemplo. Enquanto que em idosos, são decorrentes de traumas de baixa energia, quedas ao nível do solo, por exemplo, e geralmente acometem a porção mais superior do osso, principalmente o colo do fêmur e a região transtrocanteriana,”, esclarece

O ortopedista alerta que esse tipo de fratura, independentemente da idade, é uma fratura grave. Dr. Matheus explica que em um atendimento emergencial à fratura de fêmur, primeiramente verifica-se a história, o mecanismo do trauma e se existem outras lesões associadas, neurológicas, principalmente. “Avalia-se também se existe risco de hemorragia e choque devido ao sangramento interno da fratura – o fêmur pode sangrar de 1 a 2 litros em uma fratura”, ressalta.

Em fraturas de fêmur, os sinais e sintomas podem ser desde o fato de a pessoa não conseguir andar após uma queda, por não conseguir ficar de pé, até a presença de dor na perna, que pode estar encurtada e rodada.

Tratamento

O tratamento da fratura é essencialmente cirúrgico, e deve ser feito o mais rápido possível, conforme as condições clínicas do paciente. Segundo Dr. Matheus, o tempo de recuperação varia conforme a idade, o local da fratura e a cirurgia realizada. “É importante no pós-operatório que sejam tomadas medidas preventivas para evitar trombose venosa profunda, evitar permanecer acamado por longos períodos e estimular a deambulação precoce”, orienta.

Prevenção

“Além disso, para prevenir esse quadro é importante também ter uma alimentação saudável, com proteínas de boa qualidade e baixo teor de gorduras, vegetais variados, principalmente de folhas escuras, derivados de leite, grãos e leguminosas. E também, é essencial tomar sol (de 15 a 30 minutos diários, sobretudo os idosos)”, destaca o ortopedista.