Quando falamos em câncer de próstata percebe-se que a maioria das pessoas não sabe exatamente o que é essa doença que afeta os homens.
Essa informação preocupa a todos, já que os dados são alarmantes: para o triênio 2020/2022 são estimados 65.840 novos casos da doença no Brasil.
Com o objetivo de buscar a redução desses números, existe a campanha Novembro Azul, que ocorre anualmente visando esclarecer dúvidas em torno dos tabus em relação à doença, alertando o público masculino sobre a importância da prevenção ao câncer de próstata e diagnóstico precoce – que ainda é a estratégia mais eficaz para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento.
De acordo com especialistas do INCA – Instituto Nacional de Câncer, a próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É um órgão pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.
A maioria dos tumores na próstata cresce de forma lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³), que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. No entanto, é importante saber que alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos, o que pode levar o paciente à morte. Por isso é importante realizar os exames preventivos para iniciar um tratamento imediatamente após o diagnóstico.
Dados do INCA apontam que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Em todo o mundo, 75% dos casos de câncer de próstata ocorrem em homens a partir dos 65 anos, sendo considerado uma doença da terceira idade. No entanto, segundo especialistas, aqui no Brasil, esses dados refletem o aprimoramento dos métodos de diagnósticos, o aumento na expectativa de vida e as melhorias implantadas nos sistemas de informação – a exemplo do Novembro Azul.