Mito.
Embora o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) seja uma ferramenta importante no rastreamento do câncer de próstata, ele não substitui o exame de toque retal. Ambos os exames são complementares e possuem papéis distintos, aumentando a precisão do diagnóstico quando realizados juntos. A combinação de ambos permite uma avaliação mais completa da saúde da próstata.
O PSA é um exame de sangue que mede a quantidade de antígeno prostático específico no sangue. Níveis elevados de PSA podem indicar a presença de câncer de próstata, mas também podem estar associados a outras condições, como infecções urinárias, prostatite (inflamação da próstata) ou hiperplasia benigna da próstata (aumento da próstata). Por isso, o PSA sozinho pode não ser suficiente para identificar um possível câncer, já que há muitos fatores que influenciam os resultados.
O toque retal, por outro lado, permite ao médico avaliar a forma, o tamanho e a textura da próstata diretamente. Com esse exame, é possível detectar alterações ou nódulos suspeitos que podem não alterar os níveis de PSA, especialmente em casos de câncer de crescimento mais lento. Em alguns casos, o toque retal pode detectar tumores mesmo com níveis normais de PSA, destacando sua importância no diagnóstico precoce.
Assim, ao contrário do que a frase sugere, o PSA não substitui o toque retal; ambos os exames se complementam e são recomendados pelas principais organizações de saúde para homens a partir dos 50 anos ou aos 45 para aqueles com histórico familiar de câncer de próstata. Utilizar as duas abordagens aumenta as chances de um diagnóstico preciso e permite que o tratamento seja iniciado o quanto antes, caso necessário.