O prolapso genital feminino é conhecido comumente pelos termos “bexiga caída” ou “bola na vagina”. Segundo o urologista do Hospital das Nações, Dr. Dilermando Pereira de Almeida Neto, esse quadro incômodo consiste em “herniação dos órgãos pélvicos (bexiga, útero, intestinos) que perderam sua sustentação, empurrando a vagina para baixo e ocasionando o aparecimento de ‘bolas’ que podem ficar contidas no interior da vagina ou se exteriorizando pelo introito vaginal”.
Os sintomas como perdas urinárias e/ou dificuldade para urinar ou evacuar, cistites repetidas, dores em baixo ventre e sensação de “bola na vagina” são os mais comuns relatados por pacientes.
Fatores de risco e tratamento
“O número de gestações, número de partos, obesidade, tosses crônicas e esforços repetitivos são fatores de risco mais comuns para o aparecimento de prolapsos genitais”, esclarece Dr. Dilermando. Dessa forma, o prolapso genital acaba sendo comum em mulheres com mais de 40 anos e que já tiveram filhos, especialmente nos casos em que não há acompanhamento obstétrico adequado. A gravidez aumenta a pressão na região abdominal, sobrecarregando o assoalho pélvico (períneo).
“O tratamento dos prolapsos genitais é geralmente cirúrgico, porém, medidas de prevenção como uma boa assistência ao parto, fisioterapias pré e pós-parto, boa alimentação e cuidados com o peso corporal e esforços repetidos são medidas para se evitar o aparecimento dos prolapsos”, ressalta o urologista.
Qualidade de vida e prolapso genital
O prolapso genital feminino gera desconforto no dia a dia refletindo nos aspectos psicológico, social e até sexual das pacientes. Por isso, a partir do momento que há um diagnóstico de prolapso genital feminino, seu tratamento deve ser realizado o quanto antes. “Prolapsos genitais mais acentuados são mais difíceis de tratar, por isso, quando houver a dúvida, a procura ao tratamento deve ser o mais breve possível para evitar sua progressão e diminuição da qualidade de vida da paciente”, orienta Dr. Dilermando.
Prevenindo o prolapso genital
Manter-se saudável evitando o fumo e a obesidade; realizar medidas preventivas antes da gestação, com acompanhamento obstétrico de qualidade são algumas das medidas de prevenção recomendadas para combater o prolapso genital. E, claro, é importante, acima de tudo, verificar a saúde indo ao médico periodicamente no surgimento de qualquer um dos sintomas supracitados pelo especialista.