Bebida alcoólica, uma inimiga também da pele

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas nunca traz bons resultados. De acordo com especialistas, a curto prazo, a pessoa pode ter ressaca, cansaço e ter sua aparência alterada, com aspecto de doente. Já a médio e longo prazo, o resultado pode ser doenças como o câncer de mama, oral, além de doenças cardíacas, derrames e, a mais conhecida delas, a cirrose hepática – inflamação crônica do fígado que dificulta o trabalho do órgão. Além disso, há estudos que indicam que o consumo álcool em doses elevadas pode gerar problemas de saúde mental, perda de memória, diminuição da fertilidade e o envelhecimento precoce da pele.

 

Envelhecimento da pele

O consumo excessivo de álcool, especialmente a longo prazo, pode resultar em outra situação incômoda, o envelhecimento da pele.  Segundo especialistas, os primeiros sinais resultantes da ingestão de bebida alcoólica em excesso aparecem em forma de bochechas vermelhas, pele ressecada ou aparecimento de espinhas e olheiras. O álcool em esse poder de causar essas reações indesejáveis para qualquer pessoa. Ele pode também impactar na piora de doenças que já existam.

Mas por que isso ocorre no organismo? A resposta está na falta de beber água! Isso mesmo, o organismo possui uma reserva de água– e que precisa manter para o seu bom funcionamento. Ao consumir bebidas alcoólicas, essa reserva é utilizada para metabolizar o álcool, ou seja, expeli-lo do corpo. De acordo com dermatologistas, se não existir água disponível suficiente, o organismo tenta retirar líquido de outros tecidos, como a pele. Com isso, pode ainda aumentar a quantidade de proteínas que aceleram a produção de células, levando à descamação.

A maioria das pessoas que consomem álcool, não se costuma dar atenção à hidratação por não entenderem essa relação do álcool e da reserva de água no corpo. Como consequência, surgem as alergias e reações pela falta de hidratação. De acordo com especialistas, o álcool pode ocasionar, por exemplo, o ressecamento e a descamação da pele, já que inativa a produção do hormônio chamado ADH (antidiurético), um dos principais mecanismos de controle da quantidade de água corporal. Além disso, com o consumo a longo prazo, a pele também envelhece.

Recente pesquisa do periódico americano Clinical & Aesthetic Dermatology, ao entrar no organismo, o álcool estimula a produção de radicais livres, que entram em contato com células sadias do corpo e danificam sua estrutura, podendo levar ao envelhecimento precoce e flacidez. Além disso, o estudo indica que por causa do açúcar, pode levar as células ao fenômeno de glicação, impedindo-a de desempenhar a sua função, o que também contribui para o envelhecimento precoce e flacidez.

 

Consumo Recomendado

De acordo com especialistas, não precisa você parar de consumir bebida alcoólica. É preciso cuidar para não exceder o consumo semanal, recomendado pelas pesquisas recentes: para os homens, 21 unidades e para as mulheres, 14 unidades. Com esse consumo “seguro”, com moderação, a substância pode ter um efeito benéfico, ajudando a proteger o coração ao elevar os índices de bom colesterol no organismo e impedir a formação de coágulos sanguíneos, segundo especialistas.