Saiba como lidar com a Síndrome do intestino irritável

Como o quadro de síndrome do intestino irritável (SII) é uma patologia crônica sem cura, é necessário acompanhar e buscar auxílio profissional já nos primeiros sintomas. Entre os sintomas mais comuns estão: dor abdominal ou cólicas frequentes, sensação de barriga inchada, produção exagerada de gases intestinais, períodos de diarreia, intercalados com prisão de ventre, aumento do número de evacuações por dia e fezes com secreção gelatinosa. Em casos diagnosticados como graves, os gastroenterologistas costumam recomendar o uso de remédios para diminuir a inflamação e aliviar os sintomas.

Além disso, um aspecto interessante dessa condição é que os sintomas da síndrome do intestino irritável podem aparecer sem nenhuma causa específica. De acordo com especialistas, porém, na maioria dos casos, os sintomas podem piorar diante de situações como estresse e ansiedade e até ingestão de alguns alimentos como pão, café, chocolate, álcool, refrigerantes, comida processada ou leite e derivados.

Essa condição também pode piorar com dieta rica em proteínas ou em fibras, consumo de muita comida ou de muitos alimentos gordurosos. Outro aspecto observado nessa síndrome é que algumas pessoas também podem sentir piora dos sintomas em viagem ao experimentar novas comidas ou comer de forma rápida. Ou seja, para melhorar a qualidade de vida, o portador da síndrome de intestino irritável precisa realizar mudanças em relação à alimentação e tentar diminuir a exposição a situações de estresse.

Diagnóstico e tratamento da SII

Segundo especialistas, a não existência de alterações no revestimento do intestino proporciona que o diagnóstico da síndrome do intestino irritável seja feito através da observação dos sintomas e da exclusão de outras doenças gastrointestinais. É comum o médico indicar a realização de exames de sangue, de fezes, colonoscopia e até tomografia computadorizada.

Em relação ao tratamento, a recomendação do gastroenterologista é identificar os fatores que pioram ou provocam o surgimento dos sintomas e tentar fazer alterações no dia a dia e evitar essas situações, especialmente em relação à alimentação. Nos casos em que os sintomas são muito fortes ou não melhoram com as alterações no estilo de vida, o médico pode indicar o uso de medicação específica e são indicados principalmente em períodos de piora dos sintomas, como forma de aliviá-los.

Dependendo dos sintomas apresentados o médico pode receitar, por exemplo remédios antiespasmódicos para reduzir a dor e o desconforto abdominal, especialmente após comer; Remédios antidiarreicos, para evitar ou aliviar o surgimento de diarreia; laxantes, em casos de prisão de ventre para estimular o funcionamento do intestino e até antidepressivos ou ansiolíticos, que podem ser indicados caso os sintomas da síndrome estejam associados a quadro de depressão ou ansiedade.