Deu tontura? Pode ser labirintite!

Deu tontura? Pode ser labirintite!

Tontura ou vertigem sempre são sintomas que deixam as pessoas preocupadas. Na maioria das vezes a primeira doença que vem à cabeça é a labirintite. Mas o que exatamente é esse quadro? Segundo especialistas, trata-se de uma infeção do ouvido que afeta o labirinto e suas estruturas responsáveis pela audição (cóclea) e pelo equilíbrio (vestíbulo), causando tontura, desequilíbrio e zumbidos.
Em um quadro de labirintite, as áreas do ouvido interno ficam inflamadas e irritadas. Com isso, os nervos do vestíbulo passam a enviar mensagens incorretas ao cérebro como se o corpo estivesse se movendo. A pessoa sente-se zonza e ocorre uma confusão entre os sinais recebidos pelo cérebro pois os outros sentidos e a visão não detectam esse movimento, e, consequentemente, ocorre a perda das noções de equilíbrio.

Sintomas da labirintite
Sobre a doença é importante saber os seus sintomas e o principal deles é a vertigem, um tipo de tontura no qual a pessoa sente tudo girar ao seu redor e fica impossibilitada de controlar esse quadro. Em alguns casos, a tontura pode vir acompanhada de outros sintomas como desequilíbrio, zumbidos no ouvido, perda ou diminuição da audição, alterações gastrintestinais, náuseas e vômito, sudorese e até mesmo queda de cabelo.

Causas da labirintite
Entre as causas da labirintite estão as infecções e inflamações como a otite média e o resfriado. Mas cabe lembrar que as causas da doença ainda não são totalmente claras. Por isso, ao menor sinal do quadro é preciso procurar ajuda médica.
De acordo com especialistas, há outros fatores que também podem provocar a labirintite, ainda que com menos frequência, entre eles doenças neurológicas, a existência de tumores, compressões mecânicas, alterações genéticas, alergias e o uso de medicamentos perigosos para a saúde do ouvido interno.
De forma geral, as causas da labirintite podem ser divididas em: Emocionais (causada pelo estresse), virais (oriunda de infecções por vírus na boca, nariz e vias aéreas) e bacterianas (invasão de uma bactéria no labirinto, que pode estar ligada à meningite).

Fatores de risco
De acordo com médicos, quando o assunto é labirintite, alguns fatores considerados de risco aumentam as chances de uma pessoa desenvolver a doença, entre eles, estão: a ansiedade, ter idade acima dos 40 ou 50 anos, má alimentação ou jejum prolongado, consumo de açúcar, café ou álcool em excesso, tabagismo, hipoglicemia, colesterol alto, hipertensão, diabetes, triglicérides, altas taxas de ácido úrico, e também, o uso de medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios e remédios para estresse e ansiedade.

Quando a crise vem mantenha-se em pé!
Muitas vezes quando ocorre uma crise de labirintite o primeiro pensamento que vem à mente é de que deitar pode ajudar a tontura passar. Mas essa não é uma recomendação médica. Mesmo a labirintite não causando desmaios, recomenda-se que a pessoa se mantenha em pé ou sentada. Deitar pode agravar a tontura. É importante lembrar que a crise da doença surge de repente, sem avisos, e costuma durar de minutos ou horas a dias, dependendo da intensidade da crise.
Ainda segundo especialistas, os sintomas da labirintite originados por gripe ou resfriado geralmente demoram cerca de uma a duas semanas para aparecer. Mesmo nesses casos mais simples, ao menor sintoma de tontura é sempre recomendado procurar auxílio do clínico geral ou do médico otorrinolaringologista para investigar o quadro e iniciar o tratamento o mais breve possível. Somente esses especialistas podem dar o diagnóstico final para um tratamento eficaz.