Saiba quais remédios podem afetar seus rins

Saiba quais remédios podem afetar seus rins

Quando a dor vem é difícil aguentá-la e não correr para tomar um remédio. Na maioria das vezes é uma dorzinha de cabeça, um incômodo estomacal, situações que parecem simples de serem solucionadas com uma pílula. Mas isso é um tremendo engano. Tomar remédio sem orientação médica, mesmo que seja para sanar algo que, aparentemente, pareça simples, é um perigo à saúde.

De acordo com especialistas, a automedicação pode trazer danos irreparáveis especialmente para os rins, que são os principais responsáveis pela filtração e eliminação de substâncias tóxicas do sangue. É preciso ficar atento porque alguns medicamentos usados frequentemente na prática médica podem causar lesão nesses órgãos se forem administrados de modo inapropriado.

Além da automedicação apresentar potencial risco de prejudicar os rins, existe também um grupo de drogas chamadas nefrotóxicas, que são seguras em pessoas sadias, mas que se tornam perigosas em pacientes com doenças renais, fazendo com que haja piora do quadro. Os especialistas alertam sobre isso porque muitos desses medicamentos são extremamente comuns e vendidos sem prescrição. Entre as principais drogas nefrotóxicas estão os anti-inflamatórios, como o AAS (aspirina), por exemplo, que deve ser usado com cautela em pacientes com doenças renais; antibióticos, pois muitos deles podem causar nefrite intersticial, principalmente as penicilinas, rifampicina, ciprofloxacino e trimetoprim/sulfametoxazol (Bactrim®).

Os estudiosos esclarecem, ainda, que alguns dos medicamentos são nefrotóxicos por natureza e devem ser evitados em doentes renais crônicos. São os aminoglicosídeos: gentamicina, amicacina, estreptomicina, tobramicina e neomicina. E, também, a anfotericina B, pentamidina e os analgésicos.

De acordo com estudos recente, atualmente o uso diário e prolongado do analgésico Paracetamol (acetaminofeno), principalmente se associado ao ácido acetilsalicílico (AAS), tem levado a casos de lesões nos rins.

O alerta de médicos sobre a automedicação tem profundidade de anos de dedicação e estudo sobre as substâncias. É um erro pensar que essas substâncias que parecem milagrosas no momento que calam a dor, não trarão consequências posteriormente. A automedicação é perigosa e é importante conhecer os principais efeitos colaterais para poder detectá-los precocemente. Os danos da automedicação são, em sua maioria, irreparáveis a médio e longo prazo.

Por isso, fique atento e sempre que sentir que a saúde não está bem, procure ajuda de um profissional. Ele se preparou para diagnosticar a origem da dor e tratá-la da forma mais eficiente, com o remédio mais eficaz para cada caso.

(*Fonte: https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/prevencao-e-saude/dicas-saude/medicamentos-que-afetam-os-rins)