Vivendo depois do câncer de próstata

Vivendo depois do câncer de próstata

Durante o Novembro Azul muitas informações são disseminadas sobre prevenção e tratamento do câncer de próstata, mas pouco se fala sobre a vida após a luta contra a doença. E tão importante quanto descobrir que está curado, é saber como viver depois da doença, dos dias de altos e baixos.

Segundo os médicos, após passar pelo tratamento do câncer de próstata os pacientes estão esgotados pelo estresse causado nessa trajetória da luta pela sua saúde. Embora aliviado, é natural que após o término do tratamento outras preocupações apareçam para o paciente. A mais comum para os homens é pensar que a sua vida sexual acabou. Há um medo natural da disfunção erétil – que pode ocorrer em mais de 50% dos casos, e da incontinência urinária.

Essas preocupações que passavam longe da cabeça acabam se tornando a questão central na vida dos homens. A boa notícia é que, apesar de ser uma realidade, esse problemas são reversíveis.

De acordo com especialistas da Sociedade Brasileira de Urologia – SBU, o tratamento do câncer de próstata, em grande parte dos casos, é feito com cirurgia (aberta ou robótica) ou com radioterapia. Esses tratamentos contribuem para prevenir o problema da disfunção erétil e preservar o músculo esfíncter urinário, diminuindo o risco de o paciente ter incontinência.

Os avanços da tecnologia na medicina vêm para tranquilizar o paciente, no entanto, segundo médicos, ainda assim, é preciso considerar a possibilidade de uma disfunção erétil, que pode ser leve ou moderada. Isso ocorre por conta de diversos fatores, especialmente, o quadro do paciente anteriormente à doença, como por exemplo se ele já tinha problemas de ereção, diabetes, colesterol elevado e se era fumante. Nestes casos, os médicos procuram trabalhar além do físico, avaliando e tratando também as questões psicológicas do paciente.

Vida sexual normal

De acordo com os médicos, o homem pode ter relações sexuais a partir de 45 dias após a cirurgia, pois logo que a sonda é retirada, já é iniciado o tratamento com remédios orais (estimulantes sexuais), que agem diretamente na musculatura do pênis. O medicamento pode ser utilizado de forma temporária ou indefinida. Tudo vai depender de como paciente relatar seu progresso ao médico.

Por isso é fundamental que a relação entre médico e paciente seja clara e honesta. O paciente precisa relatar toda e qualquer alteração ocorrida durante o tratamento e ser disciplinado com as orientações médicas. Somente assim ele atingirá o melhor resultado para voltar a ter uma vida sexual ativa após o câncer.