A busca pela cura da Covid-19 tem ocorrido em todo o mundo. As maiores nações do planeta têm investido milhões de dólares para o desenvolvimento de uma vacina que possa trazer segurança e tranquilidade para a população, que dia após dia vê crescer o número de óbitos pela doença.
Por conta disso, desde o início da pandemia do novo coronavírus, as vacinas – antes lembradas apenas em períodos de vacinação coletiva por campanhas publicitárias governamentais – voltaram a ser tema até das conversas entre amigos e familiares. Isso tem explicação, afinal, tanto para o contexto da pandemia quanto em relação a outras doenças virais, a vacina é o único meio de imunizar a população contra uma doença, fortalecendo o organismo para combater vírus intrusos.
Mas você sabe como as vacinas são desenvolvidas? De acordo com especialistas, o desenvolvimento de uma vacina não é algo simples. É necessário que os estudos passem por seis etapas. As primeiras são preliminares e ocorrem em laboratório com a avaliação de dezenas de possibilidades de composição da vacina. São realizados testes em animais visando comprovar os dados obtidos. Se tudo estiver dando certo, em seguida, começam os testes em grupos de humanos saudáveis (entre 20 a 80 voluntários). Aqui, o objetivo é testar a segurança da imunização.
O próximo passo são os testes clínicos. Nessa fase o objetivo é obter ainda mais comprovação de segurança, somando a isso a busca pela eficácia da vacina. Nesse momento, o grupo de indivíduos testados aumenta e se torna mais heterogêneo. Se os resultados forem bons, é dado sequência à última etapa: testar a vacina no público-alvo, em grupo de milhares de pessoas.
Mas essa não é a parte final desse processo. Segundo especialistas em imunologia, nessa fase de testes em humanos a vacina pode gerar respostas imunológicas ainda piores do que a doença no organismo. Assim, essa vacinação é monitorada na busca de reações adversas. Por conta disso, em todas as etapas de testes clínicos em humanos há também um grupo de controle, que recebe um placebo. Assim, é natural que as pesquisas demorem anos para serem concluídas.
A verdade é que esse processo de desenvolvimento de vacinas não pode ser “atropelado”, sendo necessária cautela e paciência na espera pelas respostas da Ciência que, diante desse complexo processo, busca sempre oferecer respostas assertivas e seguras à população.