Fome emocional e seus riscos à saúde

Fome emocional e seus riscos à saúde

Quem nunca acordou no meio da madrugada e assaltou a geladeira que atire a primeira pedra! Geralmente essa atitude é para matar aquela “fomezinha” que você não sabe de onde vem, já que muitas vezes não sabe nem o que deseja comer e come o que estiver pela frente.

Fique atento porque isso tem nome: fome emocional. Isso mesmo, são suas emoções falando mais alto e seu estômago tentando responder. Diferente da fome física, que é uma necessidade fisiológica de se alimentar e reativa para nos mantermos vivos, a fome emocional é uma resposta ao nosso estado emocional.

O grande alerta desta temática, segundo especialistas, é que neste período de isolamento social por conta da Covid-19 e da chegada do inverno, têm crescido o número de pessoas que comentam sobre a fome emocional. Essa condição que leva o indivíduo a buscar nos alimentos a resposta para aliviar as emoções do cotidiano, sejam elas positivas ou negativas. Comemos por estarmos felizes, tristes, estressados ou deprimidos.

É natural acharmos que a comida é uma excelente companhia em vários momentos, mas é preciso ter cuidado com a fome gerada pelas emoções, pois segundo nutricionistas, há uma tendência sempre de buscarmos alimentos não muito saudáveis para nosso organismo, o que pode acarretar sérios problemas de saúde a médio e longo prazo. Optamos por doces e gorduras e geralmente não nos contentamos com uma pequena quantidade. Sempre exageramos. Numa linguagem mais popular: botamos o pé na jaca!

Quando somos movidos por nossas emoções, além de nos alimentarmos com excesso de açúcares e gorduras, dificilmente procuramos eliminar os excessos. Não queimamos tudo o que foi consumido, resultando no ganho de peso e doenças como: colesterol alto, diabetes, hipertensão, apneias do sono, além de aumentar o risco de problemas cardiovasculares.

Por isso, procure alimentos que sejam amigos da saúde e ricos em triptofano como aveia, leite, mel e banana. Eles podem auxiliar na produção de serotonina, o neurotransmissor responsável por comunicar a sensação de bem-estar.

Para manter-se firme e não cair nessa armadilha da fome emocional, especialistas dão dicas para você manter-se motivado, seja na quarentena ou depois dela. Confira:

  • Mantenha uma dieta saudável e equilibrada: quando a fome chegar, questione-se se ela vem do estômago (física) ou da mente (emocional). Em ambas, opte pelos alimentos que irão proporcionar bem-estar e saúde. Tente controlar as porções e aprenderá a controlar suas emoções e testar seus limites. Se ficar difícil fazer isso sozinho, procure a ajuda de um nutricionista.
  • Pratique meditação (ou Yoga): procure um local silencioso, coloque uma música suave e concentre-se em você, na sua respiração. Você perceberá que consegue controlar sua mente, seus pensamentos. Há diversos aplicativos gratuitos que oferecem orientação para essa prática, disponível tanto para Android, IOS ou Apple;
  • Realize exercícios diários: realize caminhadas de 30 minutos ou dance aquelas músicas que você gosta. Você pode fazer isso em casa.
  • Durma bem: Após um banho relaxante, escureça o quarto, inicie uma respiração lenta e relaxe. Tomar um chá de camomila também ajuda muito. E tente ir para a cama quando seu corpo pedir e descansar entre 6 a 8 horas.
  • Mantenha apenas relacionamentos saudáveis: afaste-se do que e de quem faz mal a você. Se tem mágoas de alguém, perdoe e siga em frente. Se alguém não o trata bem, afaste-se. Ame-se. Motive-se e seja seu maior fã!